terça-feira, 8 de março de 2016

Conceito Básico da Leishmaniose

Leishmanioses são antropozoonoses causadas pelo protozoário do gênero Leishmania que afeta o sistema fagocítico mononuclear (macrófagos, células de Langerhans, células dendríticas, histiócitos, células de Kupffer, dentre outras). Os vetores dessas doenças são os dípteros flebotomíneos dos gêneros Lutzomyia (nas Américas) ou Plebotomos (África, Europa e Ásia).
As leishmanioses podem ser classificadas em:
            Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA) - subdividida nas formas cutânea (localizada ou difusa) e mucosa. Os agentes etiológicos compõem o Complexo Leishmania braziliensis; 



Leishimaniose Visceral - Causada por parasitos do Complexo Leishmania donovani.  São doenças que apresentam características clínicas e epidemiológicas distintas devido à vasta gama de agentes etológicos dentro desta espécie. É necessário destacar que as chances de infecção variam de acordo com a interação do hospedeiro, vetor e do ambiente e as manifestações clínicas dependem das características do hospedeiro vertebrado como seus fatores genéticos e imunológicos.O tratamento das doenças é realizado pela aplicação intramuscular ou intravenosa de antimoniais pentavalentes.As medidas profilática adotadas são comuns para todas as leishmanioses já que visa evitar o contato entre o vetor e o indivíduo como por exemplo o tratamento dos doentes, eliminação dos animais infectados que atuam como reservatórios e combate ao mosquito.


FONTE : http://www.uft.edu.br/parasitologia/pt_BR/parasitologia/leishmanioses/conceitogeral/index.html

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Relação entre Biotecnologia, Meio Ambiente e Sustentabilidade: aspectos positivos e negativos

Biotecnologia é um ramo da ciência onde se realiza alterações genéticas nos mais diversos seres vivos do nosso planeta buscando a obtenção de bens e serviços para o bem estar da população. Se deve salientar que essa busca de novos produtos tem a marca registrada do dinheiro, do lucro individual. Já no processo de produção de cervejas e iorgutes se utilizava microrganismos através da fermentação e isso já fazia parte da biotecnologia só que claro não era conhecido naquela época por esse nome (PORTAL, 2012).
Muitos cientistas contribuíram para a difusão da biotecnologia moderna nomes como Louis Pasteur, Robert Koch, Gregor Mendel já preparavam o terreno para o desenvolvimento dessa importante ciência, com o descobrimento do ácido desoxirribonucleico (DNA) e desvendamento de sua estrutura feito por Watson e Crick em 1953, representou um marco para a história, onde a partir disso se teria a oportunidade mais a frente de manipular a molécula de DNA (RAHAL, 2009).
A biotecnologia teve como um dos seus produtos pioneiros através da introdução de genes, a insulina, que é um hormônio que regula concentração de açúcar no sangue, onde portadores de diabetes precisam introduzir via externa esse hormônio. A insulina foi isolada a partir do pâncreas de vacas e porcos e logo foi colocada a disposição dos humanos, mas isso gerou certa preocupação aos médicos, pois a insulina animal é diferente da humana, podendo gerar efeitos colaterais.
No ano de 1978 o cientista Herbet Boyer conseguiu produzir uma versão sintética do gene da insulina humana e ele foi inserido na bactéria Eschericia coli, onde esse gene foi inserido dentro de um plasmídeo e então esse plasmídeo é inserido dentro de outra célula bacteriana e a partir disso esse gene passou a codificar a proteína, na época isso era algo inédito, se tornando o primeiro produto da biotecnologia moderna, mas hoje em dia essa técnica conhecida com DNA recombinante é algo normal dentro da biotecnologia (AMGEN, [200-?]).
A atuação desse ramo está intimamente relacionada com o meio ambiente, ora de onde se retira os genes que serão introduzidos? Quais os meios que serão utilizados? Perguntas fáceis de serem respondidas se pensarmos que nossas matérias primas dos produtos que utilizamos no nosso dia a dia vem da natureza, o meio ambiente nos fornece os mais diversos materiais, mas infelizmente são recursos finitos que podem ser extintos com o tempo, já que o homem está retirando muito mais daquilo de que necessita e isso prejudica toda a cadeia trófica, as matas, rios e mares, flora e fauna dos mais distantes ecossistemas do planeta.
Estamos diante de uma sociedade consumista que busca incessantemente por novidades tecnológicas, aquele produto novo se torna velho em menos de um mês, fazendo com que as pessoas já procurem algo mais avançado e isso é bom para os empresários, lojas, comércio em geral, pois representa lucro, dinheiro, algo que move a sociedade capitalista em que vivemos, mas tudo isso representa uma péssima sentença para o meio ambiente, significa que se vai retirar dele além do que ele pode produzir e isso gerará um esgotamento dos seus recursos, deixando uma incerteza diante das gerações futuras: será que ela ainda vai existir?
Hoje em dia se difundi um termo bem interessante que é a sustentabilidade, basicamente é o crescer economicamente, socialmente sem agredir tanto a natureza, já que sabemos que qualquer forma de ocupação vai sim ter impactos no meio já que somos mais de 7 bilhões de pessoas, impactos esses que podem ser minimizados, dando tempo da natureza se recuperar. A biotecnologia pode ser útil nesse sentido pois com ela podem ser utilizadas técnicas que vão ajudar a natureza nessa recuperação.
A oportunidade de um desenvolvimento que seja sustentável é a bola da vez e pode ser aplicado se houver boa vontade por parte dos homens. Produtos ecologicamente corretos, como bioplásticos, podem sim serem utilizados, combustíveis renováveis como o biodiesel tem uma imensa capacidade de desenvolvimento, despoluição de rios, mares e águas subterrâneas através do uso de microrganismos é uma realidade que pode e deve ser propagada, o reaproveitamento de esgotos residenciais para o reuso é algo fascinante que causa uma grande expectativa para todos já que pode representar água potável para consumo nesses períodos de crises hídricas que vivenciamos em nosso país. São oportunidades disponíveis que claro necessita de recursos financeiros para o desenvolvimento e que a longo prazo pode representar a manutenção da vida na terra.
A biotecnologia representa um grande avanço nos mais diversos produtos utilizados pela sociedade, na agricultura ela pode prevenir a disseminação de pragas nas lavouras, na medicina pode representar a cura de muitas doenças, inclusive o câncer através da terapia gênica, controle da poluição atmosférica, limpeza de rios e efluentes já citados anteriormente, produção de alimentos riquíssimos em nutrientes em quantidade e qualidade jamais imaginada, solução de crimes através de técnicas de DNA que já é uma realidade nos dias atuais.
 Como toda nova tecnologia que surge existe também o lado negativo da biotecnologia e principalmente nessa área onde a parte financeira conta bastante. O nosso genoma é algo muito complexo e sempre está surgindo novas descobertas na área e a manipulação do mesmo pode gerar efeitos adversos como a produção de plantas resistentes aos herbicidas, bactérias que ao serem modificadas em laboratório se tornam superbactérias que não é atingida por nenhum antibiótico, alimentos contaminados que por fora parece ótimo para o consumo mas que por dentro está repleto de toxinas, reprodução de seres humanos que é algo negativo do ponto de vista ético e o bioterrorismo, uma forma de exterminar pessoas através de microrganismos altamente letais criados em laboratório (MONTEIRO, 2012).
Vejamos que a biotecnologia é um assunto que requer muita pesquisa e dedicação por parte dos cientistas, pois ao mesmo tempo em que ela possa ser uma oportunidade de cura para muitas pessoas, ela pode ser também a causa de morte para inúmeras outras. É preciso haver uma fiscalização bem detalhada dos procedimentos que estão sendo realizados, para que haja uma utilização eficaz desse grande ramo da ciência e com isso garantir normas de biossegurança e que seja usada para o bem estar da população e do meio ambiente em geral.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

PORTAL, E. Definição e história da biotecnologia. [ONLINE]. Set, 2012. Disponível em https://www.portaleducacao.com.br/biologia/artigos/16647/definicacao-e-historia-da-biotecnologia#!1 Acesso em 16 de nov. 2015.

RAHAL, R. L. Dupla hélice do DNA: Conheça a história da descoberta de Watson e Crick. Biologia. Out, 2010. [ONLINE]. Disponível em http://educacao.uol.com.br/disciplinas/biologia/dupla-helice-do-dna-conheca-a-historia-da-descoberta-de-watson-e-crick.htm Acesso em 16 de nov. 2015.

AMGEN. A história da biotecnologia. [ONLINE]. Disponível em http://www.amgen.pt/science/resource_library_4992.htm Acesso em 17 de nov. 2015.


MONTEIRO, P. M. F. D. O. Biotecnologia: oportunidade ou ameaça. Emater. Goiás. Fev, 2012. [ONLINE]. Disponível em http://www.emater.go.gov.br/w/3115 Acesso em 18 de nov. 2015.

quarta-feira, 11 de março de 2015

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Modelos Didáticos na Área Cientifíca

Eis aqui um boa proposta para transmitir conhecimentos sobre genética através de um jogo educativo, que na prática é um quiz de perguntas e respostas que pode ser realizado por toda a turma e consegue fazer com que os alunos interajam entre si e adquirido valiosos conhecimentos.

sábado, 6 de setembro de 2014

Conto: Flor vermelha do caule verde !


Era uma vez um menino. Ele era bastante pequeno e estudava numa grande escola. Mas, quando o menino descobriu que podia ir à escola e, caminhando, passar através da porta ficou feliz. E a escola não parecia mais tão grande quanto antes.
Certa manhã, quando o menininho estava na aula, a professora disse:
– Hoje faremos um desenho.
– Que bom! Pensou o menino. Ele gostava de fazer desenhos. Podia fazê-los de todos os tipos: leões, tigres, galinhas, vacas, barcos e trens. Pegou então sua caixa de lápis e começou a desenhar. Mas a professora disse:
– Esperem. Ainda não é hora de começar. E ele esperou até que todos estivessem prontos.
– Agora, disse a professora, desenharemos flores.
– Que bom! Pensou o menininho. Ele gostava de desenhar flores. E começou a desenhar flores com seus lápis cor-de-rosa, laranja e azul. Mas a professora disse:
– Esperem. Vou mostrar como fazer. E a flor era vermelha com o caule verde.
Num outro dia, quando o menininho estava em aula ao ar livre, a professora disse:
– Hoje faremos alguma coisa com barro.
– Que bom! Pensou o menininho. Ele gostava de barro. Ele podia fazer todos os tipos de coisas com barro: elefantes, camundongos, carros e caminhões. Começou a juntar e a amassar a sua bola de barro. Mas a professora disse:
– Esperem. Não é hora de começar. E ele esperou até que todos estivessem prontos.
– Agora, disse a professora, faremos um prato.
– Que bom! Pensou o menininho. Ele gostava de fazer pratos de todas as formas e tamanhos. A professora disse:
– Esperem. Vou mostrar como se faz. E ela mostrou a todos como fazer um prato fundo. Assim, disse a professora, podem começar agora.
O menininho olhou para o prato da professora. Então olhou para seu próprio prato. Ele gostava mais de seu prato do que do da professora. Mas não podia dizer isso. Amassou o seu barro numa grande bola novamente e fez um prato igual ao da professora. Era um prato fundo.
E, muito cedo, o menininho aprendeu a esperar e a olhar, e a fazer as coisas exatamente como a professora fazia. E, muito cedo, ele não fazia mais as coisas por si mesmo.
Então aconteceu que o menino e sua família mudaram-se para outra casa, em outra cidade, e o menininho teve que ir para outra escola.
No primeiro dia, ele estava lá. A professora disse:
– Hoje faremos um desenho.
– Que bom! Pensou o menininho. E ele esperou que a professora dissesse o que fazer. Mas a professora não disse. Ela apenas andava pela sala. Então, veio até ele e falou:
– Você não quer desenhar?
– Sim, disse o menininho. O que é que nós vamos fazer?
– Eu não sei até que você o faça, disse a professora.
– Como eu posso fazer? Perguntou o menininho.
– Da mesma maneira que você gostar. Respondeu a professora.
– De que cor? Perguntou o menininho.
– Se todos fizerem o mesmo desenho e usarem as mesmas cores, como eu posso saber quem fez o quê e qual o desenho de cada um?
– Eu não sei, disse o menininho.
E ele começou a desenhar uma flor vermelha com caule verde.
Conto de Helen Barckley

sábado, 9 de agosto de 2014

O ensino de Libras

 

"O ensino de Libras deve começar desde cedo"




       Muita gente já ouviu falar no significado da palavra “LIBRAS”, mas poucas pessoas entenderam a real necessidade de se entender o que está por trás desse termo de apenas seis letras e que representa toda uma população de surdos de um país. O conhecimento de libras é de suma importância pois é a forma pelo qual os surdos se comunicam com todas as outras pessoas. Todos os dias nos depararam com deficientes auditivos nas nossas tarefas diárias e precisamos estar preparados para tratá-los bem pois eles também são constituintes da sociedade da qual fazemos parte. 
      A libras não tem um aprendizado tão difícil como imaginado por muita gente, o que ela necessita é de muita atenção e treino, pois a linguagem de sinais necessita de habilidade corporal apurada, utilização correta das mãos e uma boa expressão facial pois muitas vezes vamos encontrar sinais que são feitos da mesma forma com as mãos e o que vai diferenciar é a expressão facial que é feita. O que dificulta ainda mais o aprendizado da linguagem de sinais é a falta de locais que ofereçam esse curso, o que gera um grande déficit de intérpretes no mercado de trabalho e que afeta todos os surdos que acabam não tendo acesso aos serviços básicos. No ensino das pessoas surdas, os docentes além de estarem capacitados precisam estar cientes que eles são de extrema importância no processo de ensino-aprendizagem dos surdos, a transmissão dos conhecimentos necessitam ser de forma mais paciente, o professor precisa ter capacidade de simplificar o conteúdo e que não deixe passar nenhum assunto importante da matéria dada para que não só os surdos mais todos os alunos possam aprender com qualidade.
       A libras, linguagem de sinais utilizada pela comunidade surda representa um grande avanço no processo de inclusão social do Brasil pois todos nós temos a obrigação de tratar todas as pessoas de forma igual, sem nenhuma discriminação e preconceito, pois como foi decretado pela própria constituição federal a libras se tornou a segunda língua oficial do Brasil e dever do estado garantir acesso a ela por todas as pessoas de forma livre e gratuita.