Comunidade rima com solidariedade
Em Irecê (BA), os alunos da 4ª série da Escola Municipal Luiz Viana Filho, incentivados pela direção, criaram o programa "Alunos Solidários". Ao verificarem a ausência de qualquer aluno por mais de uma semana na escola, eles entram em ação: vão à casa do faltoso, entrevistam a família e tentam identificar a causa das faltas. Depois de relatar a visita ao diretor, o grupo procura solucionar o problema, trazendo o aluno de volta à escola. Em 1998, o Programa evitou que mais de 60 alunos se afastassem da sala de aula. Além de combater a evasão, os "alunos solidários" ajudam os colegas da 1ª e 2ª séries a estudar em casa.
Em Irecê (BA), os alunos da 4ª série da Escola Municipal Luiz Viana Filho, incentivados pela direção, criaram o programa "Alunos Solidários". Ao verificarem a ausência de qualquer aluno por mais de uma semana na escola, eles entram em ação: vão à casa do faltoso, entrevistam a família e tentam identificar a causa das faltas. Depois de relatar a visita ao diretor, o grupo procura solucionar o problema, trazendo o aluno de volta à escola. Em 1998, o Programa evitou que mais de 60 alunos se afastassem da sala de aula. Além de combater a evasão, os "alunos solidários" ajudam os colegas da 1ª e 2ª séries a estudar em casa.
Interação valoriza o ensinar e o aprender
O Colégio Estadual Jardim América, em Goiânia (GO), resolveu levar ao pé da letra o princípio que diz que a educação deve ser um processo coletivo e participativo. Da organização curricular ao planejamento das atividades, passando pela avaliação do trabalho pedagógico, todas as ações da escola são interativas. Alunos, pais e mães, professoras e direção, com o apoio da Secretaria de Educação, trabalham juntos, no constante esforço de incorporar à educação as características da comunidade, construindo conhecimentos que valorizem as relações humanas, de olho na sociedade atual. Uma das inovações da proposta pedagógica criada pela comunidade é a interação entre as diversas disciplinas, que são agrupadas em blocos com base comum e se interrelacionam nos seus conteúdos e ações. "Aprendemos, juntos, que a mudança não ocorre de fora para dentro, nem de dentro para fora. Ela acontece na interação social, na cooperação, fundamentalmente por meio do diálogo", diz a diretora Eva Maria Inácio Finotti.
O Colégio Estadual Jardim América, em Goiânia (GO), resolveu levar ao pé da letra o princípio que diz que a educação deve ser um processo coletivo e participativo. Da organização curricular ao planejamento das atividades, passando pela avaliação do trabalho pedagógico, todas as ações da escola são interativas. Alunos, pais e mães, professoras e direção, com o apoio da Secretaria de Educação, trabalham juntos, no constante esforço de incorporar à educação as características da comunidade, construindo conhecimentos que valorizem as relações humanas, de olho na sociedade atual. Uma das inovações da proposta pedagógica criada pela comunidade é a interação entre as diversas disciplinas, que são agrupadas em blocos com base comum e se interrelacionam nos seus conteúdos e ações. "Aprendemos, juntos, que a mudança não ocorre de fora para dentro, nem de dentro para fora. Ela acontece na interação social, na cooperação, fundamentalmente por meio do diálogo", diz a diretora Eva Maria Inácio Finotti.
Valorização do magistério traduzida em melhores salários
"Valorização do magistério", um dos objetivos para os quais o Fundef foi criado, significa melhores condições de trabalho, planos de carreira estimulantes, formação continuada e... melhores salários! Logo em seu primeiro ano de vida, o Fundef fez com que os salários das professoras começassem a subir, tanto nas redes estaduais como nas municipais. Os desvios de recursos, as desigualdades regionais e a existência de salários muito abaixo da importância do magistério ainda são obstáculos reais. Mas obstáculos existem para serem superados, e o Fundef já possibilitou belos exemplos disto, principalmente em municípios pequenos, das regiões mais pobres do país. Em Girau do Ponciano (AL), a remuneração salarial da professora com formação média, trabalhando 20 horas semanais, subiu em média 270%. Os municípios de Boa Viagem (CE), com 195% de aumento médio, Itabaiana (SE), com 175%, e mais Redenção (CE), 165%, Barras (PI), 150%, Santo Antônio de Jesus (BA), 150%, Araci (BA), 130%, Anápolis (GO), 125%, Macaíba (RN), 110%, e Ceará-Mirim (CE), 105%, também merecem os parabéns!
"Valorização do magistério", um dos objetivos para os quais o Fundef foi criado, significa melhores condições de trabalho, planos de carreira estimulantes, formação continuada e... melhores salários! Logo em seu primeiro ano de vida, o Fundef fez com que os salários das professoras começassem a subir, tanto nas redes estaduais como nas municipais. Os desvios de recursos, as desigualdades regionais e a existência de salários muito abaixo da importância do magistério ainda são obstáculos reais. Mas obstáculos existem para serem superados, e o Fundef já possibilitou belos exemplos disto, principalmente em municípios pequenos, das regiões mais pobres do país. Em Girau do Ponciano (AL), a remuneração salarial da professora com formação média, trabalhando 20 horas semanais, subiu em média 270%. Os municípios de Boa Viagem (CE), com 195% de aumento médio, Itabaiana (SE), com 175%, e mais Redenção (CE), 165%, Barras (PI), 150%, Santo Antônio de Jesus (BA), 150%, Araci (BA), 130%, Anápolis (GO), 125%, Macaíba (RN), 110%, e Ceará-Mirim (CE), 105%, também merecem os parabéns!
Governo e população decidem juntos
Em poucos anos, o município de Campo Mourão (PR) saiu de uma situação crítica, em que não havia vagas nas escolas e até botequins eram utilizados como salas de aula, para se transformar em referência nacional de como administrar a educação. Milagre? Não, apenas participação. Decidida a reverter o quadro do ensino público no município, a Prefeitura chegou a destinar 34% de seu orçamento para a educação, e chamou a comunidade para definir com ela a melhor forma de aplicar os recursos. O Plano Municipal de Educação foi elaborado com enorme participação popular e os Conselhos Escolares foram criados. Hoje - das obras à escolha do livro didático, da eleição de diretores ao destino do salário-educação -, os dirigentes e os cidadãos trabalham unidos, decidindo coletivamente o que é melhor para todos.
Em poucos anos, o município de Campo Mourão (PR) saiu de uma situação crítica, em que não havia vagas nas escolas e até botequins eram utilizados como salas de aula, para se transformar em referência nacional de como administrar a educação. Milagre? Não, apenas participação. Decidida a reverter o quadro do ensino público no município, a Prefeitura chegou a destinar 34% de seu orçamento para a educação, e chamou a comunidade para definir com ela a melhor forma de aplicar os recursos. O Plano Municipal de Educação foi elaborado com enorme participação popular e os Conselhos Escolares foram criados. Hoje - das obras à escolha do livro didático, da eleição de diretores ao destino do salário-educação -, os dirigentes e os cidadãos trabalham unidos, decidindo coletivamente o que é melhor para todos.
A força do trabalho conjunto
Para velhos problemas, novas soluções. Muitas vezes os municípios, isolados, não têm recursos, qualificação profissional ou experiência suficientes para conduzir suas escolas ao aprimoramento educacional. Por isso é preciso abrir-se à cooperação com outros municípios, chamando ao trabalho conjunto todas as instituições que puderem contribuir. Em Alagoas, por exemplo, os dirigentes da Educação encontram nas parcerias o caminho para progredir rumo à educação de qualidade para todos. O Projeto de Assessoramento Técnico Pedagógico aos Municípios Alagoanos (PROMUAL) baseia-se no esforço unificado da União dos Dirigentes Municipais de Educação (UNDIME) do Estado, da Universidade Federal (UFAL), do Sindicato dos Trabalhadores em Educação e da Associação dos Prefeitos de Alagoas para promover a formação em serviço aos dirigentes educacionais de todos os seus municípios. Para a melhoria do ensino, não se pode desperdiçar recursos - humanos, financeiros, físicos, temporais. Parceria é a solução!
Para velhos problemas, novas soluções. Muitas vezes os municípios, isolados, não têm recursos, qualificação profissional ou experiência suficientes para conduzir suas escolas ao aprimoramento educacional. Por isso é preciso abrir-se à cooperação com outros municípios, chamando ao trabalho conjunto todas as instituições que puderem contribuir. Em Alagoas, por exemplo, os dirigentes da Educação encontram nas parcerias o caminho para progredir rumo à educação de qualidade para todos. O Projeto de Assessoramento Técnico Pedagógico aos Municípios Alagoanos (PROMUAL) baseia-se no esforço unificado da União dos Dirigentes Municipais de Educação (UNDIME) do Estado, da Universidade Federal (UFAL), do Sindicato dos Trabalhadores em Educação e da Associação dos Prefeitos de Alagoas para promover a formação em serviço aos dirigentes educacionais de todos os seus municípios. Para a melhoria do ensino, não se pode desperdiçar recursos - humanos, financeiros, físicos, temporais. Parceria é a solução!
Quando Estado e Municípios falam a mesma língua
O Estado e os Municípios do Rio Grande do Sul experimentam os benefícios do regime de colaboração entre os sistemas de ensino. A lei estadual n° 10576, de novembro de 1995, ficou conhecida como "lei da gestão democrática do ensino público", porque regulamentou o regime de colaboração e implantou a autonomia das escolas estaduais. Os municípios participaram ativamente da formulação da lei, representados pela Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs) e pelo Conselho dos Secretários Municipais de Educação (Conseme/Undime-RS). Foi criado um Grupo de Assessoramento do Regime de Colaboração, com representação paritária de Estado e Municípios, que discute a destinação do Fundef, define regras para a execução de convênios em colaboração e coordena todas as decisões compartilhadas de interesse comum às esferas estadual e municipal. Os gaúchos demonstram que a administração cooperativa e solidária é possível, desde que em primeiro lugar esteja o bem comum, ou seja, o direito dos cidadãos à educação de qualidade.
O Estado e os Municípios do Rio Grande do Sul experimentam os benefícios do regime de colaboração entre os sistemas de ensino. A lei estadual n° 10576, de novembro de 1995, ficou conhecida como "lei da gestão democrática do ensino público", porque regulamentou o regime de colaboração e implantou a autonomia das escolas estaduais. Os municípios participaram ativamente da formulação da lei, representados pela Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs) e pelo Conselho dos Secretários Municipais de Educação (Conseme/Undime-RS). Foi criado um Grupo de Assessoramento do Regime de Colaboração, com representação paritária de Estado e Municípios, que discute a destinação do Fundef, define regras para a execução de convênios em colaboração e coordena todas as decisões compartilhadas de interesse comum às esferas estadual e municipal. Os gaúchos demonstram que a administração cooperativa e solidária é possível, desde que em primeiro lugar esteja o bem comum, ou seja, o direito dos cidadãos à educação de qualidade.
Professora nota 10
Com liberdade e uma proposta pedagógica que as incentive, professoras que plantam dedicação e amor estão colhendo reconhecimento e aprendizagem. É o caso de Eneida Maria Ramos de Macedo Tito, professora em Porto Alegre (RS). Preocupada em fortalecer a noção de cidadania das crianças, Eneida as levou a conhecer a história da comunidade em que vivem, entrevistando antigos moradores, fazendo mapas do bairro e pesquisando curiosidades das ruas e das obras de urbanização. Foi ela também que criou o método de "engordar" as frases. Os alunos costumavam expressar-se por frases "magrelas", fraquinhas de sentido e curtas demais. Já motivadas por estarem trabalhando o dia-a-dia da comunidade, as crianças se divertiam e exercitavam o raciocínio, partindo de uma frase "magra" e transformando-a em um texto "gordo", saudável, cheio de vida e significado. A criatividade de Eneida rendeu o livro Gordas Histórias de Pequenas Crianças do Morro Alto e mereceu o reconhecimento do MEC, em 1996, pelo Prêmio Incentivo ao Ensino Fundamental, e da Fundação Victor Civita, que concedeu-lhe o título de professora nota 10.
Com liberdade e uma proposta pedagógica que as incentive, professoras que plantam dedicação e amor estão colhendo reconhecimento e aprendizagem. É o caso de Eneida Maria Ramos de Macedo Tito, professora em Porto Alegre (RS). Preocupada em fortalecer a noção de cidadania das crianças, Eneida as levou a conhecer a história da comunidade em que vivem, entrevistando antigos moradores, fazendo mapas do bairro e pesquisando curiosidades das ruas e das obras de urbanização. Foi ela também que criou o método de "engordar" as frases. Os alunos costumavam expressar-se por frases "magrelas", fraquinhas de sentido e curtas demais. Já motivadas por estarem trabalhando o dia-a-dia da comunidade, as crianças se divertiam e exercitavam o raciocínio, partindo de uma frase "magra" e transformando-a em um texto "gordo", saudável, cheio de vida e significado. A criatividade de Eneida rendeu o livro Gordas Histórias de Pequenas Crianças do Morro Alto e mereceu o reconhecimento do MEC, em 1996, pelo Prêmio Incentivo ao Ensino Fundamental, e da Fundação Victor Civita, que concedeu-lhe o título de professora nota 10.
Liderança boa é a que valoriza a equipe
"Agora eu sei que nossa equipe tem poder para melhorar as condições aqui da nossa creche, sem pedir licença para as autoridades, sem esperar que venha deles a iniciativa de mudar". São palavras de Maria da Silva, coordenadora de uma creche pública de Manaus (AM). Como resultado de uma capacitação promovida por uma ONG do distante Rio de Janeiro, Maria e outras cem lideranças de instituições de educação infantil desenvolveram, durante quatro meses, um novo planejamento para suas ações, adotando conceitos de saúde e educação e, principalmente, envolvendo toda a equipe no trabalho de reformulação de seu atendimento. Todos os funcionários participaram da definição da missão comunitária de sua creche, priorizando problemas a serem resolvidos e planejando coletivamente as ações para solucioná-los. Instalações elétricas e hidráulicas consertadas, telhados refeitos, infestações de ratos e baratas exterminadas, rotinas de escovação de dentes implantadas e hortas comunitárias criadas - estes foram alguns dos resultados conseguidos pela educação infantil em Manaus, graças a uma receita simples: num trabalho em equipe, deve-se valorizar a equipe!
Como é bom vermos projetos pedagógicos nos mais diversos pontos desse país e através de iniciativas como essas que precisamos confiar na educação do Brasil e que é a base de sustentação de qualquer país. O sucesso de uma escola se faz da interação entre os componentes da escola, diretores, professores, alunos, zelador, entre outros. A partir de uma boa gestão dos recursos humanos, financeiros e pedagógicos faz com que tenhamos escolas com alta qualidade de ensino e formação cidadã.
ResponderExcluirSim, Leanderson! Sabendo da importância do município que oferta os primeiros anos escolares e a falta de recursos enfrentadas pela escolas municipais, é bastante interessante a participação do estado de forma direta na educação infantil e fundamental, como no caso da escola gaúcha.
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